Languages

sábado, 22 de octubre de 2016

Escravos das sensações

Na canoagem slalom e imagino que em todos os esportes, dependemos muito das sensações. As vezes, até influi no nosso estado de ánimo.

Surf em canoa de slalom: puras sensaçoões (Artistas: Pedro da Silva e Adriano Bragança)

Mas deixa eu perguntar: é real essa relação entre sensações e desempenho? Vimos já que uma descida com sensações ruins não tem porque ser uma descida ruim. Porém muitos atletas as usam como parámetro de se foi bem. Eu não estou falando que não sejam um indicador de desempenho real, mas não pode ser o único para se avaliar. 

Deslize e propulsão
Tem esportes onde o movimento é baseado no deslize (a maioria de água, gelo e neve) e outros onde é produzido por propulsão (todos os de terra que não tem rodas). A canoagem slalom combina os dois por igual. Ás vezes o barco não fluiu como era esperado, mas talvez a propulsão foi tão boa que a quantidade de movimento total continua sendo a mesma. A magia do deslize não sempre está presente, pelo que a hora de sufrir e puxar. Tirar o terno de mágico e botar as roupas de pedreiro.

Lembrando as sensações
Acho curioso desse assunto é que essa avaliação de sensações se faz por comparação com experiências prévias. "Sinto que não deslizei muito, porque lembro do barco correndo mais fazendo o mesmo outras vezes". Isso é muito abstracto, como que consigo lembrar de uma sensação? da sutileza da traseira do barco deslizando por dentro da água, por exemplo? Na real tem uma explicação: pela cinestesia e la propriocepção, que são as capacidades de perceber o movimento e posição do corpo. Esses receptores ficam o tempo todo capturando informação que automáticamente processamos para fazer a seguinte ação. O que produz antecipação de sensações e ações. 

Mas isso é treinável?
Por isso está explicada a importancia do volume de horas de água em corredeira. Essa experiencia, quanto mais diferentes melhor (manobras, canais diferentes...) cria uma 'biblioteca de sensações' que usamos para depois as anticipar. Agora bem, esse aprendizado pode ser dirigido e estructurado para ser mais rápido e eficaz, não basta só com botar os meninos na água. Uma das ferramentas são as transferências. As mudanças nos equipamentos (pá menor, hidrofreio, água dentro do barco...) estimulam esses receptores para se adatar na nova situação, criando uma maior sensibilidade. As possibilidades são inumeráveis, mas tem de levar duas coisas na conta: sempre de uma transferência, tem de refazer a atividade com os equipamentos normais, pois os receptores precisam ser lembrados de para que estão aprendendo. E a segunda, nunca botar mais de uma transferência na mesma vez, isso ia mexer demais nos sistemas de propriocepção. 

No hay comentarios:

Publicar un comentario