Por uma vez, gostaria de imaginar que o tempo que falta para a competição não passa se não estou fazendo alguma coisa que me ajude para o resultado final. Não só estar no treino, senão algo com significado. Só então, veriam-se reduzidos os días que faltam para a prova. Se não faço nada para melhorar, ela não chega nunca. Simples.
Parece muito estúpido, embora seja a realidade muitas vezes. Treinar (ou melhor, não treinar), porque de qualquer jeito, a prova vai chegar. E naquela hora que os arrependimentos do tipo 'se tivesse feito...' vêm. Esses 'se tivesse feito não acompanham as regras de intercâmbio comercial habituais. Estar na chegada e ver que faltou apenas um segundo para a medalha olímpica faz que eu desse tudo por esse simples segundo. Mas é que esse segundo tinha outro preço com anterioridade: simplesmente fazer o que estava na minha mão, por mínimo que fosse por me aproximar mais um pouco no meu objetivo. Algo que naquelas horas, parecia que não tinha valor, agora com o resultado na mão pagaria um preço muito alto por voltar atrás e fazer de novo.
Se o tempo não passasse para quem não faz algo significativo para sua melhora, pelo menos todo mundo ia chegar na largada com a sensação de que mais não poderia ter feito pelo caminho. E esse aí, devia ser o mais importante objetivo de todo atleta. Porque é o único que pode controlar, fazer contar cada momento, e chegar na largada com a tranquilidade de que não arrependimentos do que podia ter dado até aquela hora.
Foto: Fábio Canhete
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